terça-feira, 1 de setembro de 2009

prova do máximo

Prova – questões 2, 3 e 4 - Máximo Lamela Adó -mestrando

  1. Nota de Rodapé

Simulacro – Segundo Gilles Deleuze, em Diferença e Repetição, o simulacro é o sistema em que o diferente se refere ao diferente por meio da própria diferença. (cf. Deleuze, 1988, p.437) Em Lógica do sentido, Deleuze explicita que o homem, segundo o catecismo, foi feito a imagem e semelhança de Deus ― cópia ―, mas ao pecar perdeu a semelhança ― simulacro ―. Assim, podemos considerar que somos simulacros e perdemos a existência moral para entrarmos em uma existência estética e este seria um caráter demoníaco do simulacro. Destarte o simulacro é constituído sobre uma disparidade, sobre uma diferença, ele interioriza uma similitude. (cf. Deleuze, 2003, p.263) No simulacro não há mais hierarquia possível. Sem hierarquias é um condensado de coexistẽncia, um simultâneo de acontecimentos. Ver: DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Tradução Luiz Orlandi; Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1988; ________. Lógica do sentido. Tradução Luiz Roberto Salinas. São Paulo: Perspectiva, 2003.

  1. Arte como potência do falso?


Súmula: Pensar que existe um meio, conhecimento e saber, para chegar a um conhecimento não-mistificado do mundo estético-social estaria associado à ideia de que se pode chegar a uma essência, origem ou verdade (Razão); seu contrário seria permanecer no mundo das aparências, isto é, da falsidade [tomando como ponto de partida a metafísica do platonismo que é baseado na ideia da cisão radical entre duas instâncias da realidade: mundo das essências X mundo das aparências]. Ao considerarmos que é o documento FALSO que torna o verdadeiro legítimo sabemos que o valor nunca esta na verdade e sim na legitimidade. Assim, e, ao concebermos com Deleuze que a razão é produto de uma época e não a essência humana podemos partir para a reversão da matriz platônica, isto é, do platonismo ao assumir a potência do falso para legitimar o valor da arte?

Objetivo: Pensar como e em que propostas a arte pode ser vista como “Potência do falso”, e assim como elemento que destrona a forma do verdadeiro. Associando, também, ao pensamento nietzschiano que tem a ideia de falso e verdadeiro como proposição moral.

  1. texto para programa:

transmitir a experiência do real sem DRAMA é uma utopia.

AQUI,

todo DRAMA chega depois, como uma falta que se atualiza,

que põe à mostra uma perspectiva passada.

Recoletar dados, inacessíveis, para aprofundar, no perspectivismo ou pelo perspectivismo o DRAMA daquilo que se quer presente; na superfície, mas, tudo volta como imagem; tudo volta como imagem e traz a tona a produção do mundo em profundidade, quando o que se quer é

a SUPERFÍCIE.

Sobre a pesquisa de L.T. que abdicou de apresentar seus trabalhos de dança em “palcos” para somente trazer o resultado “daquilo que se fez” pela imagem no vídeo. (sempre uma ausência)

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