Prova de Tiago Abreu
Questão 6.
1. Caminhando pelo museu, as meninas de Velasquéz abrem a porta e convidam a entrar. A porta está aberta. A história se abre. E a obra mostra o caminho.
2. Fantasia: Chegar de viagem de Paris, entrar em casa e devorar meus belos quadros de Salvador Dali, é claro, ao som de The doors.
3. Outra fantasia: chegar de viagem de Paris, entrar em casa e ser devorado por um dos quadros de Salvador Dali, derreter como um de seus relógios e fruir ao som de “The end”, mas não é o fim, é o princípio do Eterno Retorno.
4. O retorno da fantasia: Dali chegou de Paris, entrou em casa e me devorou, a mim, a sua mais bela obra. Ao som da fruição, numa confusa “antropofagia”, devorava Dali, fruía daqui, entrava e saia, como num movimento sexual, entre o de fora, o de dentro e entre.
Questão 3.
Disciplina: Como martelar filosoficamente a estética?
Súmula: É possível pensar esteticamente obras de Arte Contemporânea? Quais problemas poderiam emergir a partir dessa questão? A estética propõe um juízo, do qual surgem rompimentos aos pontos centrais da Arte Contemporânea: o pensar, a criação e fruição. Novamente, é possível pensar esteticamente obras de Arte Contemporânea? Embora seja a primeira, essa não é a principal pergunta a se fazer, mas é o ponto de partida. A partir desse ponto, proponho um filosofar com o martelo, ou com qualquer outra ferramenta niezschiana que fragilize, rompa, rache, quebre com a estética e com qualquer tentativa de pensar esteticamente obras de Arte Contemporânea.
Questão 2.
Na escola, ele está fora; na Arte, como artista, dizem que tão mais fora; entretanto, como que um terceiro excluído, se propõe a vagar por entre estes espaços e áreas, cuja fragilidade é semelhante ao seu lugar de “docente artista” e daqueles que desconhecem tal autodenominação.
A própria performance de suas aulas (são performances?) propõe um não-professor e tentativa de artistagem, com força para violentar as mentes dos apreciadores de uma boa aula.
Como que um de fora, tenta entrar; como que um de dentro, tenta sair. Como um artista, tenta romper com os limites e perfurar pensamentos, e como um performer, expõe a performance à fragilidade de seu reino.
O corpo comunica, então, por que não? Pergunta-se, ao expor sua obra. Se não importa o autor, menos ainda sua formação. A pergunta: É uma performance? A resposta: “Se, em minhas aulas, meu corpo comunicar o que quero, não! Prefiro a fruíção, só assim minha aula torna-se Arte”. É na eminência de uma interpretação que sua obra denuncia a fragilidade da Arte e do artista, afinal, quem é o artista?
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