quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Uma prova refeita

Ana Paula Crizel

4;5;7;0

4) Nota de rodapé:

HUMOR: Na perspectiva da diferença o humor se contrapõe a ironia. O humor é um novo valor é o contraposto do senso, o nonsense. O humor ri, debocha, chora seriamente. Já a ironia diz o que quer negar. O humor é corpóreo porque é no corpo que os fluxos e intensidades se expressam. Ele é a força animadora do corpo, o acontecimento.

5) Letra de canção com: TEMPO – OLHAR – QUADRO – PAISAGEM

Sopra o vento dançando as árvores

Sopra o vento mexendo águas

Sopra o vento despenteando o cabelo dela

Sopra o vento empurrando o tempo

O vento distrai o olhar da moça

Que pendurada na janela

Acompanha o movimento da paisagem

E eu, nem percebo o tempo

Olhando pela janela do quadro pendurado

Sinto o vento que sopra e já

Nem sei se é imagem ou verdade.

7) Frágil como conceito.

Frágil e arte são palavras que andam juntas em tempos contemporâneos e para pensar esta ligação é possível utilizar o adjetivo “frágil” como conceito, a fim de levantar problemas referentes à Arte Contemporânea. Arte Contemporânea, aqui já começa sua fragilidade - a definição – ARTE CON TEMPO RÂNEA, que está no tempo, mas qual tempo, para qual tempo? Para Nietzsche, Deleuze e Barthes a arte não é localizável em um tempo, porque ela é intempestiva, está fora do seu tempo para justamente desestabilizar, forçar outros olhares e possibilidades. Arte é potência e por justamente não ser fixada, aqui nem ali, que ela é FRÁGIL e também FORTE, gerando assim sua inconsistência.

Inconsistência, outro aspecto que fragiliza a Arte Contemporânea, porque ela passa a não conseguir mais ser classificável ao padrão do mercado, por exemplo: é escultura, é fotografia, é pintura. A arte se torna multiplicidade e por não mais se encaixar no sistema causa repulsa, aversão. A arte deixou de estar no quadro e no cubo branco (galeria), perdeu status? Status de quê, para quê? A Arte Contemporânea entra justamente neste território para questionar a própria arte, o artista, a obra, os lugares da arte. Frágeis são seus próprios questionamentos, sua matéria. Matéria que se decompõe, enferruja, apodrece e se perde no tempo. Esta fragilidade da matéria na arte contemporânea está ligada a impermanência tanto da obra, que se deteriora, quanto ao artista que se mistura com a obra ou com o coletivo de artistas. Nunca a arte foi tão frágil como na Arte Contemporânea, fragilidade que libera, desprende, potencializa e permite criações.

0) Como sair da tautologia do juízo sem ir contra ele? Como ir contra sem julgar?

No combate e na transgressão. Diferentemente da guerra contra, onde um perde e outro ganha e há a perda de forças e diferentemente da transgressão no sentido de bater de frente e fazer diferente do estabelecido, aqui se propõe o “combate entre”, onde não se nega e nem se esconde nada, neste combate se buscam forças no outro para potencializar-se, para transgredir. Transgressão que busca se aproximar do juízo para conhecê-lo melhor e com isso poder criar outra coisa, outra diferente do original e da cópia, simulacro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário